Com a presença de um público qualificado como arquitetos, engenheiros, projetistas, economistas e outros especialistas do setor da construção industrializada, foi aberta nesta terça-feira (1º/10) a primeira edição do Modern Construction Show, no novo Distrito Anhembi, em São Paulo. Ainda dá tempo de fazer o seu credenciamento clicando aqui (Credenciamento – Modern Construction Show)
O evento, que vai até 3 de outubro, conta com dezenas de expositores, 60 palestrantes e mais de 30 horas de conteúdo sobre diversos segmentos de um setor que não para de crescer. Dentre os expositores, fornecedores de pré-moldados de concreto, estruturas em aço, alumínio, vidro, pisos, vedações, forros, coberturas e fachadas.
O evento é idealizado pela ABCEM (Associação Brasileira da Construção Metálica), Abcic (Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto), ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), ABCLS (Associação Brasileira da Construção Leve e Sustentável) e a Francal, organizadora de feiras e eventos. “A importância do Modern Construction Show é fundamental, não só para o setor construtivo, mas para o Brasil”, afirma Abdala Jamil Abdala, chairman da Francal, organizadora do evento.
Também participaram da abertura o vice-governador do Estado de São Paulo, Felicio Ramuth; Mário William Esper, presidente do Conselho Deliberativo da ABNT; Daniel Siegelmann, secretário do Ministério das Cidades; Leonardo Santana, que representou a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Marcos Monteiro, secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo.
O Modern Construction Show conta com uma área VIP exclusiva equipada com diversas comodidades para que os convidados aproveitem ao máximo o evento. Ali os executivos podem estabelecer conexões e fazer networking com vistas à realização de negócios e alianças estratégicas.
Destaques das palestras
O público teve a oportunidade de conhecer dados inéditos da Pesquisa Nacional da Construção, que trouxe um panorama do grau de industrialização do setor. A pesquisa foi financiada pelo Modern Construction Show e faz parte da primeira sondagem sobre a construção industrializada no Brasil. Ela foi realizada pelo IBRE da FGV e teve apresentação de Ana Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE.
A ABCLS abordou temas como: A evolução do sistema Steel Frame, HIS (Habitação de Interesse Social) em Woodframe e Inovações nas instalações elétricas e hidráulicas.
Já a Abcic enfocou a industrialização da construção civil sob a ótica do construtor e a importância da pré-fabricação em concreto nas obras de infraestrutura viária.
Por sua vez a AsBEA-SP abordou no seu seminário o Panorama da economia e do mercado imobiliário, Impactos da Reforma Tributária no Mercado Imobiliário, O papel do BIM nas construções atuais e Industrialização na construção.
Paulo Muller, gerente do Projeto Construa Brasil, explicou as metas e produtos oferecidos para incentivar a modernização industrial. O projeto tem como objetivo transformar o ambiente de negócios do setor da construção, incentivando as empresas a se modernizarem. Muller abordou, ainda, a difusão do Building Information Modeling (BIM) no Brasil, assim como os desdobramentos da Estratégia BIM BR e o incentivo à coordenação modular e à construção industrializada.
Enquanto isso, a ALEA, empresa da Incorporadora Tenda, tratou da Evolução da construção off-site na maior fábrica de casas da América Latina, apresentado por Luis Martini, COO da ALEA.
No espaço ESG TALKS, Bruno Schnellrath, head de negócios na Sustentech, trouxe insights importantes e convidou outros 3 especialistas para falar sobre o uso e os benefícios da madeira engenheirada em suas empresas. De acordo com Schnellrath, estudos recentes mostram que a adoção gradual do produto pode reduzir as emissões de carbono em até 51%.
Já Adriana Nunes Machado, superintendente de desenvolvimento de negócios e head ESG na HTB Engenharia, contou que a empresa, quando ainda se chamava HOCHTIEF, já trazia o conceito de sustentabilidade e biofilia.
Murilo Negreli, COO da Amera, identificou que a madeira era usada apenas em projetos de altíssimo padrão. O destaque da empresa no evento é a Plataforma Amera, uma forma rápida, automatizada e simples de projetar com madeira engenheirada, que em poucos cliques possibilita a criação de Sistemas modulares, modelo 3D pré-dimensionado, estimativa de custos e de C02 absorvido. Processos que antes podiam demorar até três meses, agora são feitos imediatamente.
Por fim, Isabela Arroyo, head de projetos na Capsu, avalia que o setor da construção civil está em penúltimo lugar quando o assunto é digitalização. No entanto, é o terceiro em emissão de carbono e impacto negativo no meio ambiente. A empresa gera crédito de carbono e entrega casas, em apenas dois dias, com talheres, taças de vinho, roupas de cama, robôs de limpeza, máquina de lavar e marcenaria de excelência e acabamentos em altíssimo padrão. Ainda, pensada para ser “Airbnbzável” o que a torna uma excelente fonte de renda.