O cenário atual é desafiador quando o assunto é a mudança climática. Quando falamos sobre a construção civil, a questão é ainda mais crítica, já que o setor é responsável por 42% das emissões de gases do efeito estufa (GEE) no mundo.
Por isso é urgente pensar em estratégias para otimização do consumo energético, hídrico e geração de resíduos da operação com foco na redução das emissões de carbono, além de uma mudança de cultura das empresas que atuam diretamente e indiretamente na construção civil.
Nesse sentido, Bruno Schnellrath, head de negócios na Sustentech, trouxe alguns insights importantes para o ESG Talks by Sustentech e convidou outros 3 especialistas para falar sobre o uso e os benefícios da madeira engenheirada em suas empresas.
Schnellrath passou alguns anos na Alemanha e foi lá que ele teve a oportunidade de conhecer um projeto de madeira engenheirada. Ao retornar ao Brasil, decidiu que investiria nesse nicho. No mercado desde 2007, a Sustentech orgulha-se em ter mais de 600 projetos no Brasil e exterior em seu portfólio.
De acordo com o palestrante, atualmente, o ser humano consome cerca de 1 tonelada de concreto por ano, mas a madeira engenheirada surge como uma alternativa inteligente, podendo, por exemplo, ser combinada com concreto ou aço para maior eficiência.
Sustentabilidade e performance são fundamentais no uso da madeira engenheirada, que vai além de uma solução estética. De acordo com Schnellrath, estudos recentes mostram que a adoção gradual do produto pode reduzir as emissões de carbono em até 51%. Além disso, 1 tonelada de alumínio consome 110.000 MU de energia, enquanto a madeira utiliza apenas 1.940 MU. Sua versatilidade permite aplicações nobres, reciclagem para paineis de mobiliário e até uso como fonte de energia.
Já Adriana Nunes Machado, superintendente de desenvolvimento de negócios e head ESG na HTB Engenharia contou que a empresa, quando ainda se chamava HOCHTIEF, já trazia o conceito de sustentabilidade e biofilia. Desde os anos 80 a empresa já investia em um escritório com transparência e cobertura aberta para energia solar. Essa cultura foi crescendo ao longo do tempo, e alguns anos atrás passaram a utilizar a madeira engenheirada. Criaram o projeto EWOOD (um projeto de construção que gera um menor impacto ambiental), assim como o programa ESG para definir sua política baseada nos 17 objetivos sustentáveis. Ainda, assinaram a Aliança GEE e em 2024 assinaram o Pacto Global, além do nascimento da Jornada ESF para engajar todos os seus colaboradores e descarbonizar seus processos internos, como, por exemplo, substituir o uso de gasolina por etanol, em toda sua frota.
Murilo Negreli, COO da Amera subiu ao palco e contou que em seus intercâmbios profissionais, era muito comum o uso de madeira engenheirada, e quando voltou para o Brasil, quis “comprar essa briga” por aqui. O empresário identificou que o uso da madeira era usado apenas em projetos de altíssimo padrão e isso acabou inviabilizando muitas oportunidades. Assim a empresa passou a identificar as dores do setor e pensar em soluções. Entre os serviços da empresa, o destaque é a Plataforma Amera, uma forma rápida, automatizada e simples de projetar com madeira engenheirada, que em poucos cliques possibilita a criação de Sistemas modulares, modelo 3D pré-dimensionado, estimativa de custos e de C02 absorvido. Processos que antes podiam demorar até três meses, agora são feitos imediatamente. Hoje, a Ameera, empresa que tem o propósito de maximizar o uso da madeira no Brasil conta com +200 Projetos realizados e +700 Alunos em cursos e palestras.
Por fim, Isabela Arroyo, head de projetos na Capsu, contou que a empresa também surgiu da dor. Segundo ela, o setor da construção civil está em penúltimo lugar quando o assunto é digitalização, no entanto, é o terceiro em emissão de carbono e impacto negativo no meio ambiente. Ainda de acordo com a especialista, a Capsu chegou para resolver as dores do setor que não acompanhou o avanço da tecnologia, com o seu sistema construtivo industrializado, e assim diminuir as obras in loco para entregar processos fabris.
A empresa oferece soluções completas e uma verdadeira revolução na maneira com que se compra uma casa. Produzida com uma estrutura de madeira utilizada nas construções mais sustentáveis do mundo, a Capsu gera crédito de carbono e entrega casas com talheres, taças de vinho, roupas de cama, robôs de limpeza, máquina de lavar e marcenaria de excelência e acabamentos em altíssimo padrão. Ainda, pensada para ser “Airbnbzável” o que a torna uma excelente fonte de renda. Segundo Isabela, é possível instalar projetos em apenas dois dias.
O que não falta por aqui é informação e inovação. Hoje é apenas o 1º dia. Que tal vir conferir de perto o epicentro das principais discussões sobre construção industrializada? Te esperamos até 03 de outubro. Vem!
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